quinta-feira, 24 de março de 2011

"Let's roll, Kato!"

Quando eu primeiro comecei a ouvir rumores sobre O Besouro Verde (2011), me interessei porque seria dirigido pelo Kevin Smith. Depois o Seth Rogen entrou pro projeto, Kevin Smith saiu e o Michel Gondry ficou sendo o diretor. Não tinha como não ser no minimo bom né? Sou fã de todos os três. Kevin Smith pelos pequenos e fantásticos filmes do Balconista (1994 e 2006), Barrados no Shopping (1995), Procura-se Amy (1997) e mais recentemente, Pagando Bem, Que Mal Tem? (2008). Seth Rogen por todos os filmes idiotas, mas extremamente engraçados que ele já fez: Superbad (2007), Ligeiramente Grávidos (2007), Segurando as Pontas (2008) e o já citado Pagando Bem, Que Mal Tem? (2008). E o Michel Gondry por todos os videoclipes fantásticos e Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (2004). Juntando a mente destes três para fazer um filme de super-herói só podia se formar um anti-herói, pop e engraçado né? Eu sabia que o filme era inspirado em alguma coisa; quadrinhos? série? Para a minha surpresa ele é inspirado em uma série de rádio dos anos 30 a 50 e que depois virou uma série de TV estrelando Bruce Lee. Isso explica muita coisa do filme, aliás. Falando dele, não caí de amores não. Mas no geral achei bem bom. Moderno e com uma linguagem muito pop da experiência de Michel Gondry com video clipes. E engraçado, bem ao estilo Seth Rogen de ser, já que ele assina o roteiro. Neste filme, ele é aquela mesma coisa sarcástica e fofa, sempre rindo de si mesmo. Já o seu parceiro fiel, Kato, me irritava um pouco, mas por nada específico e acho que é mais um problema meu do que dele. Suas cenas de luta são muito legais. Agora quem rouba a cena é meu outro novo queridinho Cristoph Waltz, de Bastardos Inglórios (2009). Ele está simplesmente fantástico como o vilão do filme. E engraçadíssimo! O filme vale por ele! Mas #ficaadica de que não acho que o filme seja pra qualquer público não. Acho ele bem específico para os fãs do gênero, ator e diretor.

quarta-feira, 16 de março de 2011

"...this rock has been waiting for me my entire life."

Estava ansiosa para assistir 127 Horas (2010). Um porque o James Franco é o novo queridinho cool do momento. Dois porque eu tendo a gostar dos filmes do Danny Boyle. Três porque a crítica havia elogiado muito o trabalho de ambos. Ok, tem mais uma: relatos de pessoas passando mal porque o filme era extretamente verídico no sufoco de Aaron Ralston. O que primeiro me vem a mente quando penso nesse filme é na fotografia maravilhosa! Os tons de laranja característico do local onde Aaron estava e o azul quando nas cenas em planos abertos, já devem ser lindo normalmente. Com essa fotografia então ficou espetacular. Me lembrou muito O Jardineiro Fiel (2005), por algum motivo. Outra coisa que me vem a cabeça é uma história verídica muito boa, mas difícil de ser contada de uma forma que prenderá a atenção dos espectadores. Mais um ponto pro filme, porque ele te deixa muito tenso e nunca entendiado. Claro que o Danny Boyle espertinho, faz uso de flashbacks, panoramas, imagens relacionadas, para entremear as longas cenas sem muita ação. O James Franco está realmente muito bom. Faz muito o que parece ser ele mesmo, com aquele ar blase, mas ainda assim ele é delicioso de assistir e consegue passar a vontade de viver de Aaron. Agora, tem uma cena específica no filme que pra mim foi a que deu a indicação ao Oscar a ele: quando ele dialoga com si mesmo fingindo ser um apresentador de TV. Quanto à Danny Boyle, ele merece todos os elogios porque é ele que está por trás de tudo isso. É ele que tem que pensar em maneiras interessantes de contar essa história e é ele que tem que inspirar e dirigir Franco, ou seja, ele é o maestro por trás disso tudo. Ainda assim, tive a mesma sensação que em Bravura Indômita (2010). Quando penso no filme analiticamente, chego a conclusão de que ele é excelente. Como espectadora, ele não me marcou tanto como Cisne Negro (2010) e diria que ele é um bom filme.