terça-feira, 9 de junho de 2009

"What is the most important quality for a revolutionary to possess?"

Che (2008) é um filme que vem sendo comentado a algum tempo. Desde a sua produção, quando o fato de se produzir um filme sobre Che Guevara gerou polêmicas, à escolha dos atores, ao diretor (Steven Soderbergh, de Traffic), ao tamanho do filme, etc etc. O filme estreiou em Cannes no ano passado, quando levou o prêmio de melhor ator para Benício del Toro. E teve que ser dividido em duas partes porque ficou muito longo: a 1ª, chamada "El Argentino", é a que está em cartaz agora e começa com o grupo "chave" dos revolucionários, Fidel Castro, Raul Castro, Che e outros, ainda no Mexico fazendo planos para a revolução e termina quando estão à caminho da tomada de poder em Havana. A 2ª, se chama "Guerrilla", e começa com Che chegando na Bolívia até a sua morte, e ainda não tem previsão de estréia. O debate sobre o filme ter romanciado o herói, ao invés de mostrar o vilão foi o que mais chamou minha atenção e fiquei curiosa para saber o ponto de vista em que a história é contada. Posso dizer que acho sim que teve uma romantizada, mas também acho difícil fazerem um filme sobre o Che, falando dos aspectos ruins dele, simplesmente porque isso não inspira e não acho que financeiramente falando seria interessante para alguém fazer um filme assim. Mas mostraram execuções, a dureza dele com seus comandados, as discordâncias e radicalidades com a visão do Fidel, etc, etc. Gostei do filme. Mérito super pro Benício, prêmio em Cannes mais do que merecido não só pela atuação, mas por todo o trabalho; como produtor do filme ele passou anos pesquisando a vida do Che, e uma coisa que achei interessante foi que ele disse que passou a vida inteira pensando no Che como um monstro. Imagino que viu um lado mais humano quando começou a pesquisar, pelo tom do filme. Surpresa boa foi descobrir que a Catalina Sandino Moreno (Maria Cheia de Graça) tava no filme e ruim o Rodrigo Santoro fazer o Raul Castro, sotaque péssimo! Mas acho que vale a pena ver sim.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

"Things look so much better!" - "A Mulher Invisivel" x "Lars and the Real Girl"

Sexta-feira é dia de filme light né? E como não tá tendo muita estréia bacana e os horários tão meio ruins, fui conferir "A Mulher Invisível" (2009), com Selton Melo e Luana Piovani. Devo adimitir Luana é mala, mas até que consegue uns filmes legais. Não que os papéis dela exijam muito; aqui ela faz um gostosona que fica de calcinha e sutiã o filme inteiro (e homens, devo dizer: vocês vão ficar satisfeitos). E o Selton Melo tá lá, fazendo mais ou menos o que ela faz sempre, mas faz bem. O filme é engraçado, entretém, mas o que me incomodou é que apesar a idéia ser legal é uma cópia pior do "Lars and the Real Girl" (2007), com o Ryan Gosling. Esse sim: excelente! Bem bizarrão e muuuuito engraçado, a premissa é a mesma: o personagem do Ryan se apaixona pela sua boneca inflável e acha que ela é real.

Ai em cima tem o trailer do Lars. Para "A Mulher Invisivel", clique aqui.