segunda-feira, 30 de maio de 2011

"It happened again."

Ansiosamente aguardado, pelo menos por mim, Se Beber, Não Case 2 (2011), estreiou na última sexta-feira, 27 de maio, em todo o mundo. Claro que eu assisti na sexta mesmo né? Isso porque eu gostei tanto do primeiro, mas tanto, que eu precisava me divertir de novo com esses malucos desmemoriados. O filme é bem engraçado, mas segue exatamente a mesma estrutura narrativa do primeiro. Você sabe passo a passo a sequência de eventos que está por vir, mesmo que as situações mudem devido ao novo contexto. Ele deixa a desejar por isso. O roteiro do primeiro foi construído de forma primorosa, a te deixar imaginando exatamente o que viria a acontecer e, o mais importante, o que havia acontecido para aqueles três amigos terem chegado aquele ponto. E o segundo se aproveita do sucesso dessa estratégia, mas perde na falta de frescor, de copiar uma fórmula. Ainda assim, acho que vale super a pena dar mais essa chance a eles. Se serve de consolo, o diretor Todd Phillips disse que se houver o terceiro vai mudar a premissa completamente.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

"Because I bloody well stammer!"

Não consegui ver O Discurso do Rei (2010), enquanto ainda estava em cartaz. Sendo bem sincera, não fiz muito esforço. Cisne Negro (2010) tinha sido o primeiro filme dessa temporada de Oscar que eu ví e ele já tinha ultrapassado todas as minhas expectativas, me encantado e elevou para níveis altíssimos o padrão que eu esperava dos concorrentes. É claro que O Discurso do Rei era favorito ao Oscar, mas não me conformava e resisti em ver, porque achava que iria me decepicionar. Na minha cabeça o filme provavelmente seria bom, mas não ia chegar nem aos pés de Cisne Negro. Para a minha felicidade econômica, O Discurso do Rei estava disponível no meu vôo para Santiago nas férias e não hesitei. O filme é muito bom, a história do Rei George VI buscando uma maneira de superar a sua gagueira para assumir com total segurança o seu papel real é muito legal. O que parece uma coisa pequena e boba, foi trabalhado tão bem que rendeu um filme que não te entedia em momento algum. E Colin Firth está fantástico no papel de um homem que sabe com firmeza o seu lugar e seu potencial, mas acaba passando uma impressão de frágil. Não sei quem está melhor, ele ou o Geoffrey Rush, como o treinador de discurso do Rei. Os outros dois coadjuvantes, Helena Boham-Carter e Guy Pearce também estão muito bons. E a direção é excelente, com uma cena de abertura muito interessante. Não preciso nem falar de fotografia e direção de arte né? Mas apesar de tudo isso, o filme não me marcou tanto. Tudo bem. Eu já estava esperando e, sob esse ponto de vista, ele atendeu perfeitamente as minhas expectativas.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cannes 2011 | Vencedores

Saiu a lista dos ganhadores de Cannes 2011! A grande surpresa, pelo menos minhas, foi o novo filme de Brad Pitt The Tree of Life (2001), dirigido por Terrence Malick ter ganho a Palma de Ouro, já que as críticas sobre o filme haviam sido mistas. Confesso não ser grande fã do diretor, mas estou muito curiosa para ver esse filme. Sem falar que a fotografia dos filmes dele é sempre maravilhosa. Um prêmio que me deixou feliz foi o de melhor atriz para pela Kirsten Dunst, por seu papel no Filme Melancholia, de Lars Von Trier, que depois de um tempo na rehab parece estar dando a volta por cima. Confira os ganhadores:

Palme d'Or (Palma de Ouro) para melhor filme: "The Tree of Life" dirigido por Terrence Malick (Estados Unidos)

Grande Prêmio do Júri: "Once Upon A Time In Anatolia" dirigido por Nuri Bilge Ceylan (Turquia) e "The Kid With A Bike" dirigido por Luc and Jean-Pierre Dardenne (Bélgica)

Melhor Diretor: Nicolas Winding Refn (Dinamarca) por "Drive"

Melhor Roteiro: Joseph Cedar (Israel) por "Footnote"

Melhor Atriz: Kirsten Dunst (Estados Unidor) por "Melancholia"

Melhor Ator: Jean Dujardin (França) por "The Artist"

Prêmio do Júri: "Polisse" dirigido por Maiwenn (França)

Camera d'Or (Câmera de Ouro) para melhor primeiro filme: "Las Acacias" dirigido por Pablo Giorgelli (Argentina)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

"Tell me how I should be. Just tell me. I'll do it."

Que felicidade a minha de poder voltar de férias e como primeiro post escrever sobre "Blue Valentine" (2010). Contextualizando, o filme conta a história de um jovem casal no começo do relacionamento, quando se apaixonam, e no fim, quando já quase se odeiam. A premissa é muito boa, e os atores são ótimos: Michelle Williams e Ryan Gosling. Estava super ansiosa para ver o filme, mas ele simplesmente não estréia no Brasil! Quando ele foi exibido em Cannes e começou o buzz sobre ele, comecei a pesquisar e descobri várias coisas interessantes. Por exemplo, o filme demorou cerca de 10 anos para ser feito, porque o diretor não conseguia financiamento. Enquanto isso ele fazia documentários para conseguir viabilizar o projeto. A Michelle Williams já fazia parte do projeto desde o começo e o Ryan Gosling entrou 2 anos depois. Outro, quando eles começaram a gravar, os atores e a filhinha deles no filme moraram na casa onde gravaram por um mês, decorando, fazendo compra de supermercado e encontrando maneiras de brigarem. Achei muito legal a dedicação de diretor e elenco pelo filme. Graças a Deus, o filme saiu para alugar no iTunes e eu vi ele esse fim de semana! Todas as minhas expctativas foram recompensadas! O filme é, obviamente, bittersweet. Você torce e se apaixona pelo casal, mas fica extremamente deprimido ao ver eles chegando ao fim. Como uma coisa tão bonita e cheia de esperança, se transforma em sofrimento e amargura? Para onde foi aquele amor tão bonito que impulsinou tudo? Não preciso nem dizer que os atores deram performances arrebatadoras né? (a Michelle Williams foi, inclusive, indicada ao Oscar de atriz). E o diretor leva o mérito pelo roteiro e direção e por ter viabilizado o projeto. Ah, e tem uma música linda escrita e cantada pelo Ryan Gosling. Muito bom. Fiquem de olho nas estréias ou nos filmes direto para DVD!