
O mundo do crime, adivinhem, é novamente o tema de um filme sobre o Brasil. Mas, dessa vez, ao invés de culpar a “classe média maconheira”, “Manda Bala” vai na raiz da questão: a corrupção. É esta a relação chave do longa. Para ilustrar a violência, o diretor americano Jason Kohn – filho de mãe brasileira e pai argentino que vive no Brasil –, escolheu São Paulo e sua taxa de 1 novo seqüestro por dia, personificada no seqüestrador “Magrinho”; para ilustrar a corrupção, escolheu o escândalo da SUDAM, em 2001, e o não menos perigoso Jader Barbalho, que desviou R$2 bilhões para sua fictícia fazenda de rãs. Entre estes dois extremos, conta histórias intermediárias, como a da ex-refém que teve suas orelhas decepadas, a do empresário que possui chips de localização dentro do corpo e a do médico que desenvolveu uma técnica para a reconstrução de orelhas cortadas. E com Tim Maia, Jorge Ben e Tom Zé na trilha sonora, fica ainda mais triste ver tanta gente sem orelha.
No Brasil, não há leis que protejam os documentaristas, como as que protegem o jornalista que faz uma denúncia no jornal. Jason diz que está tentando encontrar uma forma legal de exibi-lo aí. Mas, se não conseguir, quem é que precisa de cinema pra criar um filme de sucesso no Brasil?
O filme já está a venda na Amazon e custa 25 doletas LINK (não fala alto, mas acha em torrent tb...). Vale a pena, ele já ganhou premios no festival de Sundance!
visitem o site do filme tb.
Chato é que, neste filme, quem morre no final é o diretor.
Via Update or Die e Midionauta
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